Convulsões, também conhecidas como crises epilépticas, são episódios temporários de disfunção neurológica, comuns em cães e raros em gatos. Embora sejam apenas um sintoma, as convulsões podem ter diversas causas, desde distúrbios metabólicos até doenças graves no sistema nervoso central.
Causas das Convulsões
Convulsões podem ser causadas tanto por fatores extracerebrais quanto intracerebrais. Entre os fatores extracerebrais estão:
- Hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue): Pode ocorrer devido à administração excessiva de insulina ou a tumores pancreáticos.
- Doenças hepáticas ou renais: Alterações nas funções desses órgãos podem desencadear crises convulsivas.
- Intoxicações: A ingestão de toxinas, como iscas para caracóis ou produtos químicos, pode induzir convulsões.
Entre os fatores intracerebrais estão:
- Tumores ou lesões cerebrais: Neoplasias, abscessos ou granulomas podem interferir no funcionamento normal do cérebro.
- Infecções ou doenças inflamatórias cerebrais: Encefalites e outras inflamações podem resultar em crises epilépticas.
- Epilepsia idiopática: Uma das causas mais comuns, especialmente em cães, onde as convulsões ocorrem sem uma causa clara aparente.
Características das Convulsões
As convulsões podem variar em intensidade e duração. Em geral, uma crise convulsiva dura de alguns segundos a poucos minutos. Convulsões de “grande mal” envolvem perda de consciência, rigidez muscular e movimentos rítmicos bruscos, sendo as mais dramáticas e reconhecíveis. Já as convulsões “pequenas” ou parciais podem apresentar apenas tremores leves ou comportamentos anormais repetitivos, sendo mais sutis e difíceis de identificar.
Após uma crise, o animal passa pela fase pós-ictal, na qual pode apresentar confusão, desorientação, letargia e dificuldade para se locomover. Essa fase pode durar de minutos a horas ou até mesmo dias. Em alguns casos, o animal pode ter uma única convulsão durante a vida, mas é mais comum que as crises sejam recorrentes.
Diagnóstico e Tratamento
Para diagnosticar a causa das convulsões, o veterinário pode solicitar diversos exames, como:
- Exames laboratoriais de sangue e urina para avaliar funções metabólicas.
- Exames de função hepática e renal.
- Exames de imagem, como ressonância magnética, para avaliar o cérebro.
- Punção do líquor (líquido cefalorraquidiano) para investigar possíveis infecções ou inflamações.
O tratamento depende da causa subjacente das convulsões. Durante uma crise ativa, o veterinário pode administrar medicamentos intravenosos para interromper a convulsão. Se as crises se tornarem frequentes (mais de quatro a seis por semana), anticonvulsivantes podem ser prescritos para reduzir a frequência e a intensidade das convulsões. Contudo, mesmo com tratamento, não é garantido que o animal fique livre de crises para sempre. O objetivo dos medicamentos é tornar os episódios mais curtos e menos frequentes.
Cuidados Veterinários
O acompanhamento veterinário é essencial para o manejo adequado das convulsões. Um veterinário experiente poderá determinar a melhor abordagem terapêutica para cada caso, adaptando o tratamento conforme a resposta do animal e a evolução do quadro clínico.
O Hospital Veterinário Verlengia, em Campinas, oferece atendimento 24 horas por dia, todos os dias do ano, com uma equipe especializada em medicina veterinária e uma infraestrutura completa para realizar exames e fornecer o melhor cuidado possível a animais que sofrem de convulsões e outras condições neurológicas.